quinta-feira, 7 de maio de 2009

Um pouco de história: Mentrestido

Em 1258, é citada na lista das igrejas do bispado de Tui, situadas no território de Entre Lima e Minho, que foi elaborada por ocasião das Inquirições desse ano. Em 1320, no catálogo das igrejas pertencentes ao bispado de Tui no território de Entre Lima e Minho, Santa Cristina de Mentrestido foi taxada em 30 libras.

Quando, em princípios do século XVI, as freguesias de Entre Lima e Minho, da comarca eclesiástica de Valença foram incorporadas na diocese de Braga, D. Diogo de Sousa mandou avaliá-las. O seu rendimento foi calculado em 126 réis e meio. Enquadrava-se na Terra de Vila Nova. Em 1546, na avaliação das mesmas freguesias de Entre Lima e Minho, mandada elaborar pelo arcebispo primaz D. Manuel de Sousa, Santa Cristina de Mentrestido rendia 26 mil réis.

O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580, que o Padre Avelino J. da Costa analisou para a elaboração do seu livro "A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho", refere que Santa Cristina de Mentrestido era anexa "in perpetuum" a Santa Maria da Cunha, da Terra de Coura. Anotou-se, porém, neste mesmo documento que, segundo afirmava o vigário desta igreja, António Francisco, só a metade com cura era anexa daquela igreja de Coura, sendo a outra metade sem cura da colação do papa. Posteriormente o direito passou para António Pereira, filho de Inês Pimenta e antes dele Lourenço Pereira.

Em termos administrativos fez parte, em 1839, da comarca de Monção e, em 1852, da de Valença. Anexada em 1895, pelo decreto de 12 de Julho, a este concelho, voltou a pertencer a Vila Nova de Cerveira com a sua restauração em 1898, feita por força do decreto de 13 de Janeiro deste ano.

in - "Inventário Colectivo dos registos Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo"

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