A que se deve tamanha demora?

Na rua Queirós Ribeiro, bem no centro da vila, está em curso, ou pelo menos é o que parece, um pedido de licenciamento para a reconstrução de um edifício para habitação e comércio que data do ano de 2006.

Associação de Cicloturismo

Na passada edição do jornal Cerveira Nova li uma notícia de uma recente Associação de Cicloturismo. Hoje, fui à página do jornal e, na secção "blogues cerveirenses" encontrei o blogue da associação.

Esta associação chama-se Pedal'arte, em alusão actividade e à Vila a que pertense e, pretende "unir Cerveira em volta da paixão pelas bicicletas". Trata-se de uma associação jovem e ainda mal divulgada que, quanto a mim, é uma grande iniciativa e uma aposta num desporto que faltava em Cerveira.

Bem hajam!

"Galinha gorda por pouco dinheiro"

Maior bienal ainda sem dinheiro

De 18 e 25 de Julho, decorre a 15ª Bienal de Cerveira, que aposta na internacionalização. Terá a maior participação de sempre de artistas nacionais e estrangeiros e um orçamento de 500 mil euros, que, contudo, ainda não está assegurado.

Ao contrário do que tem sido habitual nos últimos tempos, a 15ª edição da Bienal de Cerveira terá lugar em Julho e não em Agosto. Além disso, vai contar com a participação de inúmeros artistas nacionais e estrangeiros, nomeadamente de Espanha, Brasil, Arménia, Egipto e Polónia.

O pintor Augusto Canedo - novo diretor da bienal, substituindo o artista plástico Henrique Silva - assegura que o orçamento previsto para a edição deste ano é de 500 mil euros, mas revela que, "para já, é apenas um sonho, pois as entidades ainda não concretizaram os apoios".

Assumindo ter grande expectativa sobre a qualidade artística da edição deste ano da bienal, o responsável mostra-se preocupado pela questão económica, que é, aliás, e segundo disse, "o grande problema de sempre. Estamos a quatro meses da abertura e ainda não temos qualquer valor assegurado, mas as coisas têm funcionado assim, o que se há de fazer?"

De acordo com Augusto Canedo, a bienal irá prosseguir o seu caminho normal, assente na estratégia de descentralização cultural, apesar de neste ano a aposta incidir particularmente na internacionalização. Está prevista uma exposição em Tui, Espanha, de artistas portugueses.

O programa destaca o concurso internacional aberto a todos os artistas plásticos, uma mostra de artistas convidados e uma apresentada por três curadores: a portuguesa Fátima Lambert, o brasileiro Paulo Reis e o espanhol Orlando Britto Jinório, que escolheram, cada um, sete artistas, que desenvolveram projetos de vídeo, instalação, pintura e escultura.

Jorge Vieira - pai de Manuel João Vieira, artista plástico, ator e músico - será o artista homenageado, pretendendo-se chamar a atenção para o seu percurso e para a relevância da sua obra. Além disso, serão realizados vários debates, colóquios, conferências e espetáculos, prevendo-se a concretização de ateliês de pintura, cerâmica, gravura e arte digital.

O programa deste ano inclui também a realização de múltiplas atividades e ações fora do Fórum Cultural (onde se realizarão as exposições do concurso, as apresentadas pelos curadores e a do artista homenageado), em espaços como o Salão dos Bombeiros, a Casa do Artesão, a Biblioteca Municipal, o Convento de S. Paio e o Ateliê de Gondar. As atividades da bienal serão alargadas aos concelhos próximos de Vila Nova de Cerveira.

Considerada a mais importante bienal de artes plásticas da Península Ibérica, é realizada pela Associação Projecto, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira e da Direção Geral das Artes e do Instituto Turismo de Portugal.

Agostinho Santos
In - "Jornal de Notícias" - 24 de Março de 2009

Fonte: www.bienaldecerveira.org

Maior Bienal ainda sem dinheiro:
É este o título de uma notícia do JN que também encontrei no Público, embora com um título diferente.

A verdade é que somos um País do "deixa andar" e, se há grandes feitos é graças à boa vontade e ao esforço de pessoas que fazem com que os eventos apareçam mesmo sem os apoios devidos e merecidos.

O que é facto é que quando se trata de dizer que em Cerveira existe uma bienal de arte todos vêm dar a cara e ufanar-se, dizendo que fizeram e/ou ofereceram isto ou aquilo. Quando na verdade as coisas surgem, muitas vezes, "à rasca". À rasca de dinheiro, à rasca de apoios e, recorrendo apenas ao empenho das pessoas que estão nos "bastidores".

É assim no País que se orgulha de apostar na cultura (só se for na dita "cultura futebolística") e que se rege por um constante "deixa andar", sempre à espera de "galinha gorda por pouco dinheiro".